LEPES

Grupos de trabalho:

Grupo de trabalho 1: Desafios da prática docente em Sociologia

Coordenadores: Prof. Dr. Cristiano Bodart (Ufal) e Prof. Ms. Roniel Sampaio (IFPI)

Vagas: 40

Ementa:

A falta de tradição no currículo escolar e sua recente reintrodução enquanto disciplina obrigatória no Ensino Médio são fatores que colaboram para diversos desafios da prática docente de Sociologia. Escassez de recursos didáticos, certa indefinição de conteúdos, carga-horária reduzida, dúvidas quanto as formas de abordagens, a desvalorização da disciplina, incertezas quanto sua permanência no currículo e deficiência na formação do professor são alguns dos desafios postos. O presente GT propõe agregar trabalhos colaborativos para pensarmos esse e outros desafios da prática docente em Sociologia no Ensino Básico.

Grupo de trabalho 2: Transposição didática no ensino superior e médio

Coordenadores: Prof. Dr. Clódson Santos Silva (UESPI) e Prof. Dr. Jonas Henrique de Oliveira (UESPI)

Vagas: 40

Ementa:

O conceito de transposição didática pode ser compreendido a partir da relação entre aquilo que é produzido como “saber científico” e a forma de ensiná-lo. Através da transposição didática, um objeto de saber pode se tornar um objeto de ensino. As mudanças recentes no currículo trouxeram muitas incertezas sobre as disciplinas que irão compor o novo Ensino Médio e, consequentemente, a forma de ensiná-las. Sabemos que no Brasil os desafios da prática docente no ensino de sociologia em particular e nas ciências humanas em geral não são poucos. Somente para citar alguns, convivemos com a escassez de recursos didáticos, indefinição dos conteúdos, carga-horária reduzida, desvalorização das disciplinas e incertezas sobre quais disciplinas devem compor o conteúdo obrigatório. Associado a isso, temos professores que não tem formação específica em muitas disciplinas que ministram, além da sobrecarga de trabalho para que possam aumentar sua renda. O presente GT pretende receber trabalhos que abordem os desafios da transposição didática no ensino superior e médio em um país onde as ciências humanas passam por uma profunda desvalorização quando submetida a lógica de mercado. Ficaremos satisfeitos em receber trabalhos que abordem os desafios docentes em um cenário de transformação tecnológica no qual o professor tem sua importância cada vez mais questionada frente a uma tecnologia que muda constantemente. Deste modo, não se trata de condenar a tecnologia, mas de saber como e até que ponto esta pode ser uma aliada no processo de ensino e aprendizagem no qual estão envolvidos alunos e professores que atuam no ensino superior e médio no Brasil.

Grupo de trabalho 3: Currículo e material didático

Coordenadores: Prof. Dr. Alexandre Paz Almeida (UESPI) e Prof. Ms. Tarcísio Arquimedes Araújo Carneiro (IFPI)

Vagas: 40

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Ementa:

Consideramos que a dificuldade em se trabalhar, atualmente, temas ligados à cidadania nas escolas no Brasil se dá por conta de uma mentalidade que vem crescendo bastante e que tem sido reforçada pela bancada política ligada a parte dos religiosos no parlamento brasileiro. Os defensores desta perspectiva mais conservadora, atualmente na sociedade brasileira, são temerosos ao fato de que os temas relativos às questões de gênero, debate sobre política e questão racial (ou cultura afro – Lei 10.639/03) em sala de aula se transformem em doutrinação voltada à imposição de valores partidários ou valores que possam afrontar a cultura cristã e, segundo suas interpretações, aspectos ligados também a ‘ideologia de gênero’, pois para eles os debates relacionados a determinados temas são desnecessários por se tratarem de questões que dizem respeito somente às famílias dos jovens. Levando em consideração os desafios que nós, educadores, enfrentaremos no decorrer de nossa práxis educativa, reforçamos a importância da construção de uma escola voltada ao respeito às diferenças e construção da autonomia dos educandos, de forma que os debates e reflexões em sala de aula são fundamentais para a construção de uma cultura de respeito às diferenças e cidadania. Consideramos que a cidadania no Brasil, conforme argumentou Demo (2001), ainda é muito pequena e a inclusão de momentos de debates (voltados às questões de gênero, racial e política), certamente irá colaborar com este processo de construção de um espírito questionador, importante instrumento para se exercer a cidadania. Pensamos que estas metodologias poderão estimular ao entendimento das relações de poder que existem nas sociedades através de um exercício cada vez maior de nos ‘desvencilharmos’ do senso comum e exercitarmos uma postura mais crítica e reflexiva. Neste sentido, esse grupo de trabalho receberá propostas que visem ampliar o espectro desse debate.

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MINICURSOS:

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1. Os usos da fotografia no ensino de Sociologia

Ministrante: Dr. Cristiano Bodart (Ufal)

Público: Alunos e professores de Sociologia

Duração: 6h

Vagas: 25

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O minicurso “Os usos da fotografia no ensino de Sociologia” tem por objetivo apresentar a fotografia, assim como a técnica fotográfica, como recurso didático para as aulas de Sociologia. A proposta dar-se em um cenário ainda escasso de estratégias didáticas para a disciplina em questão. Nesse sentido, o minicurso busca apresentar a fotografia como (i) técnica de “captura” de fenômenos sociais, (ii) objeto de análise sociológico e (iii) método empírico de observação e análise de fenômenos sociais.

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2. Usos e abusos do cinema na sala de aula

Ministrante: Dr. Idelmar Gomes Cavalcante Júnior (UESPI)

Público: Alunos de licenciatura e professores do ensino médio

Duração: 6h

Vagas: 25

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O uso de filmes em sala de aula nunca foi uma unanimidade nas escolas. Considerado, ora como uma estratégia para encobrir deficiências pedagógicas, ora como uma linguagem importante para o processo de ensino-aprendizagem, o filme como recurso didático, em meio a esse debate e na maioria dos casos, acaba se tornando, de fato, um devir ainda não realizado, já que muitas vezes, mesmo quando existe a boa intenção por parte do educador, não consegue ser objeto de uma adequada análise em sala de aula, ou por falta de conhecimento sobre a própria linguagem fílmica ou por falta de uma reflexão mais apurada sobre os discursos neles veiculados. Neste sentido, é do interesse deste Minicurso discutir as diferentes possibilidades de uso e abuso do cinema como estratégia pedagógica para as aulas no ensino médio.

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3. O Uso de recursos audiovisuais em aulas de sociologia

Ministrante: Ms. Roniel Sampaio Silva (IFPI)

Público: Alunos e professores de Sociologia

Duração: 6h

Vagas: 25

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As aulas de sociologia podem interagir com várias possibilidades e recursos didáticos dentre os quais problematizam a abordagem sociológica para além a sala de aula.  Nesta oficina o participante irá conhecer de maneira introdutória alguns recursos didáticos sonoros os quais podem dar novo sentido às aulas de sociologia. A proposta desta oficina é conhecer e aplicar estratégias de abordagens de conteúdos de sociologia por meio de recursos sonoros. Tais recursos apresentam bastante viabilidade uma vez seu acesso é amplamente difundido por meio de dispositivos móveis, bem populares entre alunos e professores do Ensino Médio.

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4. Literatura, Interdisciplinaridade e o ensino das Ciências Humanas

Ministrantes: Dr. Clodomir Cordeiro de Matos Júnior (UFMA) / Ms. João Pedro de Santiago Neto (UFMA)

Público: Alunos e professores de humanidades

Duração: 6h

Vagas: 25

O presente minicurso pretende explorar as múltiplas interfaces entre a produção literária e o ensino e aprendizado na área das Ciências Humanas. Nessa perspectiva, a proposta da atividade é refletir sobre os aportes teóricos e metodológicos que a Literatura, em suas diferentes modalidades, agrega ao processo de construção do conhecimento dialógico nas disciplinas da área das Ciências Humanas. Frente esse objetivo, o minicurso explorará: (i) a interdisciplinaridade na produção do conhecimento científico; (ii) as relações entre Ciências Humanas e a produção do conhecimento social; e, (iii) a produção literária e suas interfaces com as Ciências Humanas.

OFICINA:

1. Jogos didáticos como estratégia pedagógica para aulas no ensino médio

Ministrante: Dr. Radamés Rogério (UESPI)

Público: Alunos de licenciatura e professores do ensino médio

Duração: 6h

Vagas: 18

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Essa oficina parte do pressuposto de que é preciso inovar em educação e que o novo século demanda que o lugar ocupado pelo aluno no processo de ensino/aprendizagem se modifique, de forma que ele deixa a antiquada posição passiva de simples receptor do conhecimento e passe a ser um sujeito ativo da produção do conhecimento. Os jogos didáticos são instrumentos pedagógicos exemplares em sua capacidade de realizar esse ajuste de posição na medida em que ao jogar o aluno está participando da produção do conhecimento desde que, é claro, o jogo e a condução do processo sejam adequados. Além disso, a ludicidade é um importante instrumento na luta por uma educação mais dialógica e horizontal na qual a distância cada vez maior entre estudantes e escola, estudantes e professores possa ser superada. Metodologicamente, após feita uma reflexão inicial sobre o uso dos jogos didáticos como estratégia pedagógico, iremos fazer uso de alguns jogos como demonstração prática da ferramenta.